sábado, 9 de março de 2013

[Fanfic] O abominável cavaleiro das trevas - capítulo 1

 

  Finalmente terminou. Fica mais difícil a cada vez, pelo menos a vadia nojenta parece satisfeita. Isso não é digno de mim, mas eu preciso fazer para manter meu status, seria difícil controlar uma cidade sendo chamado de veado pela frente, sei que pelas costas já sou chamado assim, mas pelo menos esse tipo de atividade ajuda a calar a boca da maioria e me dá alguma base para processar qualquer jornalista estúpido o suficiente pra espalhar besteiras.
  32 anos e ainda solteiro, isso pode dar muito que falar, mas a alta rotatividade de “namoradas” ajuda a despistar os maiores boatos. Ainda tenho uma maldita festa para ir antes de começar a viver a noite de verdade.
Vermes, vermes, vermes. Olho à minha volta e vejo apenas vermes, vermes repulsivos se passando por pessoas refinadas, fingem que sabem apreciar arte, mas só sabem comprar bugigangas idiotas com desculpas esfarrapadas do golpista que se diz artista que a fabricou. Maldita arte moderna!
  As pessoas acenam para mim e param para falar comigo como se realmente se importassem comigo, só querem continuar se fingindo de amigas para parasitarem meu dinheiro. Odeio eventos sociais!
  Fotos com “socialites”, com certeza estará na página de fofocas do jornal de amanhã, argh, isso me enoja, mas é um mal necessário. Mulheres se oferecendo, eu finjo me interessar nelas e a recíproca é verdadeira. Elas não se importam, se conseguirem arrancar algum dinheiro ou um filho, talvez um casamento de fachada, elas adorariam, como eu as desprezo!
  Circulo nessa maldita festa beneficente por meia hora, parece ser o suficiente para saciar um pouco a sede de atenção deles, é sempre bom os deixar esperando por mais. Enxerguem a minha presença como a dádiva de um Deus misericordioso que realmente é.
  Retiro-me, finalmente, uma ânsia quase sexual toma conta de mim, meu motorista me leva de volta até a minha mansão, me dirijo à passagem que leva ao subsolo através de uma passagem escondida em um compartimento do meu quarto. Tiro minha roupa de civil, vestir a minha armadura tecnológica é como uma preliminar para a grande noite. Entro no meu carro tunado, os movimentos começam, a saída secreta se abre para a noite. É como se a cópula real começasse, minha única parceira de verdade é a noite, é a única parceira que eu desejo. Piloto através da noite escura e violenta como em um sexo selvagem, meu carro desvirginando as trevas, sou o cavaleiro das trevas, mas diferente dos cavaleiros dos contos medievais eu corrompo minha donzela, que na verdade não passa de uma meretriz barata disposta a revelar seus encantos mortais a qualquer um que se atrever a enfrentá-la.
  Finalmente vejo violência acontecendo, dois vermes, vermes dos mais inferiores estão atacando alguém. Coitados, eles não têm a mínima chance! Estão tão entretidos com a sua bandidagem que não me percebem saindo do carro, o carro muito chamativo, oposto do que deveria ser abrindo as portas gaivotas, eu saio, estou muito bem protegido por minha armadura tecnológica, tenho meu cinto cheio de utilidades e armas que não vou usar, quero usar meus punhos, sempre prefiro usar meus punhos!
  E a dança começa, sempre muito sensual. Primeiro soco a nuca dos dois, que estão de costas e não me vêem, um cai desmaiado, o golpe no outro não pegou muito bem, ele vira raivoso, mas se congela de medo perante minha máscara, ela não é tão feia, mas a noite e seus mistérios são como uma lente de aumento para, aposto toda minha fortuna que por um segundo ele pensou que o demônio em pessoa veio buscá-lo por conta de seus atos criminoso, talvez ele não esteja errado, talvez o demônio realmente esteja vestindo minha pele essa noite e todas as outras em que visto essa fantasia estúpida e saio pra apaziguar meus instintos violentos contra seres abjetos piores do que eu. Piores? Será mesmo?
  Dou um soco em sua boca, noto que quebrei o seu queixo, minha armadura é reforçada, nem precisaria ser muito forte pra causar um belo estrago em alguém com o mínimo esforço, mas eu sou forte como um cavalo e não tenho medo de ser violento e abusar da minha força, do meu poder! Na verdade eu adoro isso, seja “combatendo o crime” no meio da madrugada violenta, seja destruindo empresas novas rivais à minha, ou seja, todas, já que meu império controla tudo de todos os setores que existe nessa maldita cidade.
  Ele não caiu ainda, ele está sem reação, soco seu estômago, é pouco, ele merece mais! Bato, bato e bato, ele não esboça reação e cai. Ufa, é como estocar contra a noite no sexo selvagem, é sujo, é vil, eu amo! Percebo que há mais um deles, ele não percebeu o que estava acontecendo, ele está estuprando uma pobre coitada qualquer, puxo ele pelo colarinho do seu casaco, finalmente ele percebe o que está acontecendo. Se apavora como o outro e tenta correr ao perceber a cena, mas a calça dele está arriada e ele cai sobre as próprias pernas. Isso é tão divertido! Ele está caído, eu o chuto nas costelas, ele resmunga, eu o piso em sua caixa torácica, eu chuto seu rosto, o sangue jorra, lindo, lindo! O vermelho vivo manchando a noite escura, eu piso em seu nariz, ele vai precisar de uma plástica para consertar o estrago, qualquer um que passar por ele vai notar que o cavaleiro abominável das trevas passou pelo caminho dele e o deixou marcado com a insígnia dos criminosos. Ele está inerte no chão, ainda está vivo, não sou estúpido de matá-los, chega!
  A vadia está no chão, se jogou aos meus pés me agradecendo e pedindo piedade, que eu não faça nada com ela, obviamente não vou fazer nada com ela, ela é só mais uma mulherzinha suja, uma prostituta de esquina que se deu mal e acabou sendo estuprada em um beco por três bandidinhos que adoram a emoção de subjugar alguém mais fraco. Para o azar deles eu também adoro essa emoção. Volto minha atenção ao desgraçado que desmaiou ao primeiro soco nuca, viro o seu corpo, sem reação, será que ele está realmente desmaiado? Só há um jeito de saber... piso em seu nariz, ele urra de dor, em ele achou que se fingindo de desmaiado escaparia da minha ira, estava enganado, eu o ergo pelos ombros do casaco, ele está totalmente apavorado, sinto um cheiro horroroso, ele se mijou e cagou, ele é repelente, mas não vai escapar assim tão fácil, dou uns coques nele, nada demais, só o suficiente pra deixá-lo marcadinho, não tem graça bater em alguém tão frouxo assim.
  Sinto algo contra a minha nuca, parece que o segundo bandido não foi nocauteado, sangrando ele tentou bater em mim com um pedaço de madeira que ele tirou da lixeira ao lado. Azar o dele, sorte a minha, vou poder saciar um pouco mais a minha sede. Quebro o pedaço de madeira que ele estava segurando com um soco, ele se apavora, é delicioso, chuto o seu estômago, ele começa a cair, dou uns soquinhos no rosto dele, o sangue começa a jorrar deliciosamente, como se fosse o sêmen escorrendo para coroar o final desse lindo ato de amor profano com a noite. A prostituta me olha apavorada e incrédula em sua própria sorte, eu gosto, adoro que me olhem, quanto mais inferior melhor, vejam minha glória reluzente seres inferiores, vermes imundos! Ah, eu estou satisfeito! Por enquanto.

  Não sou homem de me contentar com apenas uma, preciso de mais, muito mais. Estupradores são muito fáceis de lidar, quero algo mais arriscado, ainda não vou conseguir dormir, se tivesse que definir o que aconteceu essa noite como sexo seria uma rapidinha. Preciso de mais, definitivamente muito mais!
  Dirijo o carro pela cidade, como um louco, desrespeitando todos os limites de velocidade impostos pela lei, eu não dou a mínima! A lei foi feita para controlar os vermes, eu sou superior a todos eles, a lei não se aplica a mim. Olho...
  Perfeito, um casal de classe média sendo assaltado por dois bandidos armados, Isso desperta memórias antigas em mim, não poderia ser mais perfeito. Esses bandidos não são tão amadores, eles notam o carro e abrem fogo contra ele, idiotas!! Não adianta atirar, o carro é totalmente à prova de balas e com arminhas furrecas como as que eles possuem jamais vão conseguir arranhar o meu carro, quanto mais me ferir...
  Pisco o farol, eles começam a se assustar, faço o carro roncar, me afasto um pouco e ameaço atropelá-los, eles fazem as vítimas do assalto de refém. Ah, sinto um frio na barriga, é delicioso sentir alguma coisa, qualquer coisa!
  Os bandidos têm suas armas apontadas, cada um contra a cabeça de alguém do casal, eles não agüentam, a mulher cai de joelhos, eles se distraem, eu abro a porta do carro e uso meu atirador de ganchos para escalar prédios nos dois, minha mira é perfeita os dois estão desarmados agora, a deliciosa violência começa.
  O casal sem reação cai no chão, seu instinto os fez congelar, os bandidos são meu, uma ménage a trois com dois vouyers para me ver em ação, adoro me exibir, assim começa minha dança sensual com meus dois parceiros, socos, tapas, delicioso. Eles são durões, agüentam os golpes dados com minha reforçada e coberta de metal, se fosse rápido demais não teria graça, sou um homem que gosta de fazer as coisas devagar, à sua própria maneira. É delicioso, bato bastante no tórax e nas pernas dos dois, não quero que acabe muito depressa, quero apreciar cada momento, mas não posso demorar demais, a polícia nunca tem patrulhas em número suficiente, mas uma hora ela sempre chega, os vizinhos que espiam do alto, das janelas dos prédios percebem o que acontece. Acredito que eles amam o que vêem, isso me excita, sinto a ereção, forte, imperdoável, a ereção contra a armadura de metal, ereção dolorosa e deliciosa, meu pênis pulsando contra o metal, a glande esfolando contra o revestimento fino de pano delicado que reveste a parte interna da armadura de metal. A ideia de que alguém que eu não sei quem é, alguém deliciosamente inferior está apreciando a performance de um deus, do deus da violência, de Marte reencarnado em todo o seu vigor e poder.
  Acabo com os dois, o casal está aterrorizado. Eles me olham com o pavor de quem imagina que será o próximo, eu viro de costas, o homem se levanta sem jeito e berra um agradecimento covarde, eu faço um gesto com a mão que quer dizer deixe isso pra lá, eu não estava ali por causa deles, eles são apenas um acidente, uma desculpa, estou ali para dançar com a noite nessa dança erótica, arriscada e sensual que culmina com o jorro do sangue do bandido que coincide com o jorro do meu esperma, sinto o esperma melando minha pele contra  metal e o revestimento de pano delicado.
  Me dirijo lentamente ao carro, o campeão depois de derrotar os gladiadores na arena, vejo que tem alguém me observando do outro lado da rua, é um garoto, nossos olhos se encontram, ele não demonstra medo nenhum, só um pouco de curiosidade, seus olhos são inquisidores.
  Ele é obviamente um prostituto, vejo que o carro que o deixou na calçada partindo, não sou do tipo que persegue usuários de prostituição, apesar desse garoto ser obviamente menor, pela lei é crime, mas só de olhar esses olhos de relance sei que ele não é nenhum virgem, não é nenhum inocente desvirginado pela violência das ruas, ele está ali porque quer, ele ganha seu sustento na noite e aprecia o modo como faz isso.
  Ele consegue encarar meu olhar sem piscar, está vestido obviamente como um prostituto, calças jeans extremamente justas, reveladoras, posso ver o contorno do seu sexo contra o jeans, suas pernas definidas marcando contra o jeans extremamente colante, posso apostar que ele tem uma bunda redonda e extremamente apetitosa apesar dele estar de frente, desejo que ele vire de costas para que eu possa apreciar sua bunda! Ele não vira, ele me encara. Ele usa uma camiseta justa, reveladora, não há mangas, posso ver um dos seus mamilos, a camiseta não cobre seu mamilo direito e posso ver que ele tem um jeans, minha boca saliva, eu sinto desejo, meu pênis endurece outra vez, mesmo tendo ejaculado há menos de um minuto, ele percebe que eu o desejo, ele me olha de forma inquiridora e até mesmo meio condescendente. Ele sente o meu desejo e puxa algo de um dos seus bolsos, como ele consegue guardar algo dentro dos bolsos? Ele desembrulha um pirulito e começa a chupar provocadoramente, eu não agüento mais, mas não posso fazer o que realmente quero. Entro dentro do carro e fecho as portas, ele fica encostado contra a parede onde esteve desde o primeiro momento em que o vi, continua chupando o pirulito provocadoramente, com a outra mão alisa o volume do seu pacote por cima do jeans, ele não pode me ver através dos vidros enfumaçados, mas obviamente ele percebe meu olhar, meu olha fura o vidro atravessando qualquer coisa em seu caminho até meu objeto de desejo. Meu desejo não passa, mas eu só posso ir embora, ligo o carro e parto para a segurança da minha caverna.

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