terça-feira, 6 de março de 2012

Mulheres Ricas - Uma paixão


  Mulheres Ricas foi a  grande surpresa do verão, é o único programa que eu assisto na TV sem perder um único episódio desde quando Project Runway passava no finado People & Arts (Foda-se LIV!!). Eu tinha escutado falar alguma coisa sobre o programa antes e não levei a sério, adorei o barraco na internet da Val e o ex-marido/amante/sei-lá-o-quê, mas não prestei atenção e acabei assistindo ao primeiro episódio por puro acidente, foi amor à primeira vista.

  Comecei o programa como fã da Narcisa, mas rapidinho eu me tornei #TeamValdirene4Ever, Hello?! Sempre achei muito engraçadas as entrevistas da Narcisa no Jô, os vídeos loucos do Youtube e as histórias do passado mítico e descontrolado, pena que só sobrou o descontrole. Outra coisa que eu amava era o twitter fake que acabou virando o Twitter oficial (e que foi um dos motivos de eu usar o Twitter de verdade, aquilo era muito engraçado e só acessava o Twitter para ler essas bobagens).

Brunete Fracarolli = A primeira impressão que eu tive era de que ela era uma velha pirracenta e com problemas mentais que ficava choramingando por causa de Barbie (1º episódio S2), mas depois eu fui vendo como ela é uma pessoa fofa e agradável. Mas o problema é que ela é fofa demais, me lembra certas "otomes" (e uns rapazes afeminados também) que tentam ser kawaiis demais. A palavra que define a Brunete é kawaii, ela quer ser fofa demais e isso é chato, tem que ter um lado forte, ser legal o tempo todo é muito falso, não dá pra acreditar. Mas eu gosto dela e ponto final.
  A Brunete só deveria tentar mudar o gosto por homens, ela não é mais bonita, pode ter sido quando jovem, mas não é mais. Pelo que a edição do programa deu a entender ela só quer garotão e infelizmente é quase impossível um rapaz do jeito que ela quer se interessar por uma pessoa de idade.Ela tem idade pra ser avó, ela não deveria ficar dizendo que está  procurando um "grande amor" se só quer saber de rapazes de 20~30 anos (metade da idade dela ou mais, acredito), deveria assumir que só quer diversão. A vida é dela, ela é uma pessoa bem sucedida e dona do próprio nariz, ela mais do que ninguém deveria saber que um rapaz do jeito que ela procura não vai se interessar por ela por causa da "beleza", "simpatia" ou qualquer outra ilusão que ela possa ter. É triste ver ela chamando homens de 40 a 50 anos de "trastes" e "estrupícios", imagino que os rapazes de 20~30 anos que ela aparentemente curte (é a impressão que o programa passou) pensem dela da mesma forma. Karma is a bitch!

  Débora Rodrigues = Já conhecia a trajetória da Débora, lembro de quando saiu a Playboy dela, de como foi comentada e até de uma carreira de modelo que ela teve, já conhecia do programa Troca de Famílias que passou na Record e eu desde então tenho simpatia por ela. Não sei se foi por causa da edição do programa, mas o que ficou marcado é o jeitão despojado e masculinizado (tem outra palavra?) dela. Do grupo é de longe a pessoa mais equilibrada, nada de esbanjar, mas também não é divertida, mas é bom ver alguém que destoa do grupo, ela atua como uma dose de realidade naquele mundinho cor-de-rosa regado a champagne.       O que mais me incomoda nela é o piercing no nariz (dá pra perceber que é o "toque feminino" dela), mas piercing não fica bem em uma senhora, piercing no nariz é o tipo de coisa que só fica bem em adolescente revoltada que só se veste preto de até os 20 anos, depois disso fica feio demais. Preciso dizer que a Débora é lindíssima, ela deveria se cuidar mais.

  Lydia Leão Sayeg = Em um primeiro momento eu tomei um susto, ela parecia a louca psicopata que só gosta de armas e bater nas pessoas, mas felizmente os outros episódios mostraram outras facetas dela. Mas eu confesso que senti medo vendo os olhos dela brilhando enquanto ela perguntava com a voz elevada algumas oitavas acima do normal se tinha "matado" o alvo da aula de tiro.
A Lydia parece ser uma ótima mãe, uma pessoa equilibrada, a parte em que aparece ela ajudando o leilão da Casa Hope foi lindo, o Brasil precisa de mais pessoas assim. A filha irresponsável que tomou vinte e duas multas de trânsito... Ah, se ela pagasse as próprias contas (inclusive multas), pelo menos ela parece dar valor à mãe que tem, mas ela precisa ser mais responsável, não se pode largar carro no meio da rua, ela precisa lembrar que existem outras pessoas.

Narcisa = Nos primeiros episódios ela parecia ser "a engraçada", "a pessoa de bom astral", carpe diem parecia ser a frase que a definia, mas lá pelo terceiro episódio ela começou a cansar. Chaaaaaaata, artificial, não gostei. A impressão que ela passou é que sofre de DDA em um grau muito alto, nunca consegue focar em nada, em um momento ela fala do padre e no outro tá cantando Zeca Pagodinho. E aquela história dela ter batido no namorado e deixado ele com hematomas? Maria da Penha nela!! Comecei a dar razão à Val naquela hora que ela manda o motorista desligar o helicóptero e dar um "badalo", doida de pedra define. Sdds hospício.
  Sempre a mesma falsa alegria de viver, sempre um sorriso forçado no rosto, deve ser muito chato ter que fingir ser feliz 100% do tempo, assim como ninguém é fofa 100% do tempo ninguém é feliz 100% do tempo. Eike chata, Eike forçada, Eike sorriso falso. Ai... Cadê meus remédios?

  Valdirene Marchiori = A minha preferida de longe. A Val é a Karen Walker brasileira (não sabe quem ela é? Joga no Google!!) e não vive sem seu fiel Jack McFairland (Dudinha), me espantei de ver como a Val é humana. A Val é bonita (artificial, as vezes parece um travesti), inteligente, tem boas tiradas e o humor dela varia, não é aquela coisa falsa . Dá pra ver que boa parte das intriguinhas foram armadas, parece que teve uma espécie de roteiro a seguir, mas ela brilhou e foi o centro do programa, Val foi 70% do Mulheres Ricas, sem ela o programa não teria graça, não funcionaria.
  A meu ver o grande problema da Val é ser superficial demais, vencer na vida não é só poder dar uma festa de arromba e comprar jóias de U$500.000,00. Deu pra ver no encerramento do programa que a mãe dela percebeu isso e que ela não vê isso. Natural que uma garota que foi criada na roça sem luz ou água encanada ame essa vida luxuosa e glamourosa, mas a vida não é só isso e se tem mais coisa além disso na vida dela infelizmente o programa não mostrou.
  A Val é a cara de São Paulo, em todo o seu glamour e defeitos, o fato dela ter vindo de outra cidade faz dela ainda mais a cara de São Paulo que é essa fusão de gente vinda de todos os cantos do planeta. Só acho que ela poderia ter pegado mais leve com o veneno, ter falado menos das jóias da Lydia, cutucado menos a Narcisa (mas aqui as duas se merecem e a rixa parece ter sido proposital), ter sido menos preconceituosa com as origens da Débora (ainda mais ela que tem uma origem tão humilde quanto).


  Mulheres Ricas foi uma delícia do início ao fim, é uma visão de um estilo de vida que eu provavelmente jamais terei (e nem sei se gostaria de ter), é muito exibicionismo, tem que gostar muito de se expor para participar de um programa desses. Foi engraçado, espirituoso, fútil (why not?), foi muito bom ter acompanhado esse grande pastelão, é bom ver essas bobagens pra descansar da realidade cotidiana e é esse o grande atrativo do programa, foi o grande reality show da temporada. A Globo deve estar se roendo, Mulheres Ricas deu de 1.000.000 x 0 no BBB, são dois programas que deveriam mostrar a realidade, mas são pura armação, mas Mulheres Ricas ao contrário do BBB tem carisma e brilhou do começo ao fim, nada de oscilações, todos os episódios foram ótimos. Hello?!

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